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Educação e Informação

Desafios contemporâneos exigem reimaginar a educação e desenvolver novos modelos pedagógicos

Será preciso focar, cada vez mais, em aprendizagem profunda, resolução de problemas e pensamento crítico

 

 

Vivemos a quarta revolução industrial, que se caracteriza pela integração de diversas tecnologias, como inteligência artificial (IA), internet das coisas, computação em nuvem, robótica e biotecnologia. Essa integração gera uma capacidade de impacto na sociedade muito maior que as revoluções anteriores, que foram desencadeadas por apenas uma tecnologia. “A primeira revolução industrial derivou da invenção do motor a vapor; a segunda, da eletricidade; e a terceira, da tecnologia da informação”, explica Vidal Martins, vice-reitor e professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).


A velocidade dessas mudanças aumenta continuamente e impacta todos os segmentos da sociedade, inclusive a educação. “Por isso, dizemos que vivemos em um mundo frágil, ansioso, não linear e incompreensível. Nesse contexto, uma das competências mais relevantes para as pessoas, sobretudo para os profissionais, é a adaptabilidade, a capacidade de aprender, desaprender e reaprender em tempo adequado”, destaca o vice-reitor.


Impactos da IA

Segundo ele, além desse cenário que já está posto, a inteligência artificial generativa tende a mudar profundamente nossa concepção de educação e as práticas de ensino e aprendizagem. “Teremos de focar cada vez mais em aprendizagem profunda, resolução de problemas e pensamento crítico.”


Martins diz que o acesso à informação pode acontecer fora do espaço escolar ou acadêmico, de modo personalizado e adaptável, mas as discussões que levam à aprendizagem profunda e ao pensamento crítico devem ser desenvolvidas na interação com mediadores. “Reimaginar a educação e desenvolver novos modelos pedagógicos que façam frente aos desafios contemporâneos é vital para o futuro da humanidade”, reforça.





Aprendizagem profunda e pensamento crítico

Nessa perspectiva, Martins aponta que qualquer tecnologia pode ser utilizada para o bem ou para o mal. “São os acordos sociais e as decisões cotidianas das pessoas que determinam qual uso predominará.”


Ele dá um exemplo: como podemos atuar para que a inteligência artificial seja utilizada para o bem das pessoas? De acordo com ele, uma possibilidade é estabelecer um processo de governança que lidere o desenvolvimento ético da inovação tecnológica como uma cascata normativa em quatro estágios, conforme propõe Luciano Floridi em “A Ética da Inteligência Artificial: princípios, desafios e oportunidades”:

· a ética, que por meio dos seus valores, princípios, escolhas, recomendações e restrições, estabelece o que é socialmente aceitável ou preferível. Isto é, influencia e molda a opinião pública a respeito do que é moralmente bom, correto ou necessário;

· a opinião pública, que limita e molda as leis;

· as leis, que requerem conformidade dos agentes (empresas);

· as pessoas -- clientes, usuários, consumidores, cidadãos, pacientes etc – que são limitadas em relação ao que podem fazer ou não, porque consomem produtos e serviços que os agentes oferecem em conformidade com a lei.


“Dito de outra forma, as pessoas usam bens e serviços fornecidos por organizações que são limitadas pela lei, em termos de conformidade, as quais são moldadas pela ética, que é o que faz as pessoas decidirem em que tipo de sociedade querem viver”, salienta o vice-reitor. Ele acredita que esse tipo de construção só é possível se formarmos pessoas com aprendizagem profunda, pensamento crítico e capacidade de resolver problemas.

 




Vidal Martins vai falar sobre “Novos modelos pedagógicos para o futuro da educação” no GEduc 2025.       

 

Confira seu recado aos participantes:  

“Os desafios contemporâneos e os avanços exponenciais das tecnologias, em especial, da inteligência artificial generativa, exigem que reimaginemos a educação, desde a educação básica até a educação superior, incluindo a formação continuada. No GEduc 2025, vamos abordar os desafios educacionais decorrentes desse cenário e explorar as características desejáveis dos modelos pedagógicos que visam preparar os estudantes para o futuro, discutindo novos rumos que beneficiem a sociedade como um todo.”

 

 O GEduc é o maior e principal Congresso de Gestão Educacional do país. Realizado pela HUMUS Educação, o evento reunirá mais de 70 palestrantes e 800 congressistas. Serão três dias - 26 a 28/03 - de imersão ao redor do tema central “A revolução da educação é hoje! Juntos para inovar e inspirar”. Garanta sua vaga: www.geducoficial.com.br  

 
 
 

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