Aulas online geram desafios e oportunidades para as escolas
Segundo Chaim Zaher, Diretor Presidente do Grupo SEB, na adaptação para o mundo virtual, os professores têm se reinventado
Nos últimos meses, instituições de ensino do mundo inteiro precisaram se adaptar à realidade imposta pela pandemia do novo coronavírus. Com o isolamento social durante a quarentena, as aulas passaram para o ambiente online, o que gerou diferentes desafios para estudantes, professores e até mesmo os pais.
Mas, segundo Chaim Zaher, Diretor Presidente do Grupo SEB, um dos maiores grupos educacionais do país, todos os desafios que permeiam essa adaptação também podem ser encarados pelas escolas como uma oportunidade de explorar. “Os professores tiveram dificuldades, mas conseguiram se superar. E me deixou emocionado a maneira como eles se reinventaram”, explicou o diretor na 18ª edição do GEduc – Congresso Brasileiro de Gestão Educacional. O evento com o tema “Disrupção na Educação – Venha para o Futuro” também foi realizado de forma virtual e reuniu mais de 600 educadores de todo o Brasil.
E mesmo quem possuía a tecnologia à disposição há um tempo não estava totalmente pronto para uma educação realizada 100% no ambiente digital. “Como aquela professora que contava as histórias para as crianças vai fazer a mesma coisa sem o ‘olho no olho’? Mas a superação desses profissionais foi fantástica”, completou.
Em relação aos estudantes mais novos, ele destaca que o grande desafio foi para os pais. Muitos não tinham tanta habilidade no ambiente digital, precisaram se adaptar e até descobriram que os filhos sabiam mais do que eles nessa área. Ou seja, se de um lado houve o desafio da distância, também houve aproximação: da família e do professor com os alunos.
Zaher comentou que, há 10 anos, as tecnologias para quem queria aproveitar o ensino a distância, a interatividade e a realidade virtual, por exemplo, eram extremamente caras, difíceis de encontrar e menos avançadas do que as que estão disponíveis hoje no mercado. Além disso, as instituições que não estavam preparadas para essa realidade precisaram correr contra o relógio. “É aquela história: mude antes de ser obrigado a mudar. Quem não tinha mudado até então, precisou mudar, mas de uma maneira um pouco atrasada. Isso que está acontecendo hoje”, disse.
Apesar dos desafios que esse modelo pode impor, segundo o diretor, os últimos meses da educação deixaram uma marca: “agora existe a convicção de que é possível fazer uma educação híbrida, isso já está carimbado”, finalizou Zaher.
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