ARTIGOS
Gestão de Pessoas
Equipes ágeis, empresas ágeis: Porque conhecimento é um componente
estratégico para as empresas
Antes de entrarmos no tema propriamente dito, acho importante ressaltar a diferença entre as duas palavras, que muitas vezes nos confundem:
O que é conhecimento?
Conhecer é o ato de entender, compreender, apreender algo por meio da experiência ou do raciocínio.
O que é Educação?
A educação é um processo estruturado, geralmente dividido em fases consecutivas, como pré-escolar, fundamental, ensino médio, universidade, etc. Geralmente ocorre sob a orientação de outros, como um professor ou instrutor.
Espero que tenha ficado claro que nem sempre aquele que tem educação tenha conhecimento, e vice-versa.
Há um estudo que aponta que o tempo médio de um conhecimento, para que te mantenha competitivo no mercado é de 5 anos. Ou seja, quando você terminar sua faculdade ou qualquer outro curso, a chance de ter este conhecimento adquirido obsoleto é grande. Se considerarmos a linha do tempo, podemos afirmar que apenas metade do que foi absorvido em um curso de graduação ainda servirá (dentro deste contexto).
Outro índice importante é que os postos de trabalhos eram ocupados por profissionais por um período médio de 4,5 anos. Aqueles que não se reciclaram, terão muita dificuldade em se recolocar. E este número, de 4,5 anos vem caindo, o que faz com que esta pressão só aumente.
Este cenário é importante não apenas para empregados, mas também para empregadores, na medida em que uma boa parte de nossos empresários são formados em uma especialidade, e fazem dela sua principal atividade. Dentistas, médicos, arquitetos, advogados, etc conduzem seus negócios a partir desses conhecimentos específicos, mas tal qual relatado acima, muita água vai passando por debaixo da ponte, e as lacunas para se manter competitivo frente a concorrência vai aumentando, da mesma forma que seu colaborador também vai perdendo espaço para o seu “concorrente”.
Recorro aqui à visão que temos sobre trabalho, de ser um mal necessário, aonde pagamos nossos pecados, e que lamentavelmente temos que nos submeter diariamente. Penso que esta perspectiva também venha perdendo espaços – ainda que resista fortemente. O trabalho precisa ser interessante, precisa conectar ao máximo com seu colaborador, e precisa ser um ambiente que ofereça a possibilidade de aprender, sempre.
Qual a mensagem central do texto? Que independentemente de sua condição no mercado de trabalho, estudar continuamente é uma imposição, uma prática. Ao mesmo tempo você que é empreendedor, gestor, empresário, pense em sua própria trajetória acadêmica ou estudantil, busque aprimoramento e principalmente compreenda que está também sob sua responsabilidade oferecer ambientes de trabalho aonde o aprendizado seja possível para aqueles que estão com você.
Adultos aprendem praticando. Isso demanda por saber delegar, saber ensinar, educar, confiar e por se propor a colocar a si mesmo novos desafios e horizontes. O fato de você ser especialista em sua área não determina o fim em si. Você, e todos nós precisamos e precisaremos sempre de mais, para podermos atuar em um mundo cada vez mais complexo.
E quando falo de adquirir conhecimento, faço sempre referência àquilo que não é necessariamente dado em bancos escolares, sem é claro desmerece-los.
Um estudo do World Economic Forum aponta quais as habilidades e competências necessárias, que ainda encontram lacunas no mercado.
Veja quais são as suas:
Outro importante centro de pesquisa mostra o crescimento da demanda do mercado por trabalhadores com maiores habilidades sociais ou analíticas
Convido-o a lançar um olhar cuidadoso sobre a força de trabalho atual de sua organização. A troca constante de funcionários denuncia uma ou várias falhas na forma de contratação, bem como no seu posicionamento enquanto líder.
Isso tem acontecido com frequência? Qual o seu papel diante deste cenário?
Roberto Carvalho é Mentor Executivo e será palestrante no VI Fórum de Líderes Educacionais, que acontecerá no dia 14 de abril, durante o GEduc 2021. Inscreva-se!